Sindicato dos Atletas da Bahia

Uma noite Tricolor. Assim foi o programa Chutando a Bola, comandado pelo narrador Silvio Mendes na noite desta segunda feira (4), que recebeu dois dos grandes nomes do Esquadrão de Aço: Osni Lopes, ex-jogador e atual presidente do Sindicato dos Atletas da Bahia e Petrônio Barradas, ex-presidente do Esporte Clube Bahia, para um debate livre sobre o futebol baiano e do caminho que o Bahia tem seguido nas últimas temporadas. Também participaram também da mesa o repórter Manuel Messias e o narrador Raniere Alves.

Dentre muitas recordações e comparações com o passado, Barradas comparou as posturas dos atuais jogadores. “Atleta é o que se cuida, é o profissional do esporte. Tem compromisso com o clube fora e dentro de campo. O jogador não tem essa mesma postura, veste seu uniforme, vai treinar ou jogar um campeonato, quando o treino ou o jogo termina, vai cuidar da sua vida”, afirmou.

Para Osni, o Bahia pode encontrar dificuldades já no Campeonato Baiano, em virtude do tempo em que está sem jogar, desde a eliminação da Copa do Nordeste. “Só treino não motiva o jogador, o jogador precisa participar de um campeonato para estar motivado”, disse. E ainda afirmou. “O time do Bahia de 2011 era melhor que o de 2012. Temo que o de 2012 seja melhor que o de 2013. Em 2011, tínhamos Ávine voando baixo, uma defesa bem armada com Paulo Miranda, e Souza em grande fase, coisa que não se repetiu depois”.

Questionado pelo ouvinte se deveria ser candidato a presidência do clube novamente, Barradas disse. “Já se passou meu tempo, dei minha contribuição”. “Muitas pessoas até tentaram me afastar, me pediram para deixar o clube, mas fui forjado em caráter para lutar e trazer o Bahia de volta a elite do futebol, pois a Série C não é lugar pro Bahia”, comentou.

Silvio Mendes colocou a questão se o presidente Marcelo Guimarães Filho precisa estar o tempo todo no CT. “Se o presidente estiver bem assessorado, não precisa estar 24 horas no CT ou à beira do gramado, pois ele tem uma boa assessoria para o auxiliar quando não está presente.” Já Petrônio Barradas rebateu: “O presidente precisa estar presente nos principais momentos do clube, se possível estar presente quando um jogador for apresentado, reunindo os atletas da equipe sempre que possível para mostrar que ele está a frente do clube e preocupado em alcançar triunfos”, concluiu.

Encerrando a noite, Petrônio Barradas e Osni Lopes agradeceram a oportunidade e exaltaram a Rádio Sociedade, que sempre esteve presente nos momentos bons, como no Campeonato de 1988 e de dificuldade do Bahia, quando o Esquadrão esteve na Série C do Campeonato Brasileiro. “O filho feio não tem pai, mas é bonito, querem até fazer DNA. A Rádio Sociedade sempre esteve do nosso lado, em todas as ocasiões”, disse Barradas.

Osni agradeceu e exaltou os dirigentes de Bahia e Vitória e demais clubes, quando ao apoio ao Sindicato dos Atletas Profissionais da Bahia. “Hoje tem gente séria e competente à frente dos clubes, fazendo de tudo em benefício dos atletas. Desejo que tenham mais sorte para contratar e seguir em frente nos campeonatos a serem disputados”, finalizou.